Bacia de Marajó

A Bacia do Marajó é uma bacia paleozóica desenvolvida sobre a crosta precambriana que foi posteriormente reativada durante a extensão triássica no Atlântico Sul. A bacia é composta por quatro sub-bacias: Mexiana, Limoeiro, Cametá e Mocajuba, que foram preenchidas com sedimentos de rifte e pós-rifte. Zalán e Matsudo (2007) afirmam que as camadas pós-Cretáceo são “absolutamente horizontais, sem qualquer indicação de deformação”.

A coluna estratigráfica pós-rifte, da base ao topo, é composta por: Formação Limoeira, do Cretáceo Superior ao Eoceno, depositada em um ambiente não marinho-transicional marinho; Formação Marajó, do Eoceno ao Oligoceno, depositada em um ambiente costeiro; Formação Barreiras, fluvial-estuarina do Mioceno, e Formação Tucunaré, fluvial do Plio-Pleistoceno (as duas últimas juntas com até 500 m de espessura).

Região da Bacia de Marajó (Nogueira et al, 2021).

Nosso local na região da Bacia do Marajó está localizado próximo ao flanco oriental do Arco de Gurupá. Aqui, a profundidade atingida foi de 930 m, encontrando: Formação Tucunaré, de 0 a 230 m, sedimentos argilosos com intercalagens de areia;  e Formação Marajó, de 230 a 1030 m, sedimentos argilosos com intercalagens de areia e silte.

Seção geológica da Bacia de Marajó até a Bacia Pará-Maranhão (Nogueira et al., 2021)

 

Os objetivos de perfuração na Bacia do Marajó incluem:

  • Determinar o padrão espaço-temporal da biodiversidade e do clima;
  • Datação precisa do momento da conexão das drenagens através do Arco de Gurupá entre a Bacia do Amazonas Oriental e a Bacia do Marajó, além de determinar quando esse arco deixou de atuar como uma barreira hidrológica e, possivelmente, genética.

Este é um projeto estritamente acadêmico, dedicado ao avanço das ciências, sem qualquer finalidade financeira ou econômica.

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